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Travar o parasita da malária
Written on: sexta-feira, 21 de maio de 2010 | Time: 12:15
Neste post, achei que seria importante demonstrar a função da Genética no controlo de doenças. Actualmente, a malária é muito conhecida pelos milhões de mortes que causa por ano, principalmente, no continente Africano. Aqui vai uma pequena notícia que encontrei e que achei de extrema importância!As terapias baseadas nuns compostos denominados artemisininas são a chave para curar os milhões de casos de malária que se produzem anualmente. No entanto, este tratamento pode chegar a ser inútil, já que se observaram no Sudeste asiático linhagens do parasita que causa a malária resistentes a esta acção. São necessários novos fármacos contra a malária, uma doença que mata um milhão de pessoas por ano, na sua maioria crianças menores de cinco anos. Dois estudos publicados hoje na Nature dão uma esperança neste sentido, ao descreverem a estrutura de mais de 13 mil candidatos para travar o flagelo. O trabalho mais desenvolvido é assinado pela equipa de Wendyam Armand Guiguemde, do Hospital St. Jude em Memphis, nos Estados Unidos, que analisou geneticamente 309 474 moléculas. A equipa procurava a actividade contra as linhagens resistentes ao tratamento já existente e descreve detalhadamente 172 candidatos a futuros medicamentos eficazes. O segundo estudo, realizado integralmente pelo Centro de Investigação em doenças dos Países em Desenvolvimento, que a farmacêutica GSK tem em Madrid, não vai tão longe nas análises dos compostos mas dá um passo significativo na luta contra a malária. Pela primeira vez, põe à disposição pública a estrutura de mais de 13 mil moléculas que mostraram actividade para inibir o crescimento do parasita da malária. Equipa multidisciplinar do Hospital St Jude, nos EUA O estudo de Madrid é menos detalhado do que o da equipa de Guiguemde. No entanto, toda a informação está disponível, nas páginas do European Bioinformatics Institute, do Collaborative Drug Discovery e do PubChem, a qualquer investigador que queira contribuir para desenvolver as novas alternativas terapêuticas contra a malária. Novo fármaco, nova fama Segundo o director da área de Biologia do centro de investigação espanhol, Francisco Javier Gamo, autor principal do estudo, “para se converter algum destes compostos num fármaco, seria recomendável que uma equipa de biólogos e outra de químicos, que conseguissem sintetizar a molécula, trabalhassem em conjunto”. O investigador adiantou que, de qualquer modo, este processo levaria mais de dez anos a concluir. Gamo assegura que a iniciativa parte da politica de responsabilidade social corporativa do laboratório. “É evidente que a procura de um fármaco para a malária não tem como objectivo ganhar dinheiro, temos má reputação e seria bom se fosse a farmacêutica fosse reconhecida por encontrar um medicamento contra esta doença”, reconhece o investigador. Gamo assiná-la ainda que seria importante que o fármaco encontrado “seja absorvível por via oral, que tenha uma duração adequada e que não tenha toxicidade”. O investigador afirma que é necessário desenvolver medicamentos contra a malária, principalmente porque já se detectaram resistências contra os fármacos recomendados. “Se não somos cuidadosos, aguentaremos uns anos mas ficaremos sem alternativas terapêuticas”, alerta Gamo. Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=42771&op=all#cont -Inês Tavares 0 Comments: |
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